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sábado, 23 de maio de 2020

O tempo

A definição de Mahatma Gandhi



A dança clássica indiana

A origem da dança clássica indiana se deu juntamente com o surgimento do teatro clássico indiano através de uma escritura chamada Natya Shastra. Natya é a junção de drama ( atuação ), música e dança; Shastra quer dizer "escritura".

É dito que o Natya Shastra foi composto pelo próprio deus Brahma, o senhor da criação, e que, para sua composição, foram extraídos textos dos quatro Vedas. Por tal motivo, o Natya Shastra também é chamado de Natya Veda, já que, para confeccionar o Natya Shastra, Brahma incorporou todas as artes e ciências que havia nos Vedas. Do Sama Veda, ele retirou a música; do Rig Veda, a poesia e a prosa; do Yajur Veda, o gestual e a maquiagem; e, finalmente, do Atharva Veda, a representação dramática.

Originalmente, a dança era apresentada dentro dos templos em uma sala especialmente construída e chamada de Natyamandapa. Era executada por mulheres chamadas de Devadasis. Deva significa Deus e dasi, serva: portanto, a dança era considerada uma oferenda aos deuses, assim como a comida, as flores etc.




“ Os Deuses criaram a dança como um instrumento para entretenimento. Mais tarde, com o propósito de agradar os deuses, os seres humanos passaram a representar as histórias e as glórias dos deuses. Deste modo, começou o ciclo de celebração manifestada no alegre abandono do movimento e da música. Durante um período de aproximadamente dois milênios, a dança na Índia adquiriu um conjunto gramático, o qual levou a uma certa codificação da técnica. Deste modo, foram plantadas as sementes do celebrado tratado de Bharatha Muni, o Natya Shastra. Isto foi complementado com uma acelerada manifestação da religião formalizada através dos templos. Nos templos, a arte da dança se desenvolveu em sua glória primordial, oferecida como era, aos deuses. Os reis eram patronos de várias formas de arte e, assim, as cortes também tiveram um papel importante na promoção e propagação da dança.

Com novas influências culturais no milênio passado, deu-se a fusão e a síntese. As tradições da Ásia Central foram absorvidas no repertório da dança, a qual deixou parcialmente suas amarras nos templos e se mudou para a corte. O domínio colonial da Índia levou ao lento desaparecimento da dança clássica, a qual, quando o país ganhou sua independência, foi revivida. O espírito de rejuvenescimento tem ajudado a dança clássica indiana a atingir um importante lugar no mundo atual." 


Palavras e mensagens para o dia a dia

Para iniciar o dia com positividade.






Mensagens para qualquer momento.













Palavras para terminar o dia.




Leveza para começar a semana




Om Namah Shivaya

Shiva traz o conceito de destruidor, mas Shiva é de fato, o transformador, o benevolente, e aquele que possui toda a alegria. Por meio dessa deidade, o renascimento, a regeneração e as transformações são possíveis. E é justamente por esse processo que devemos passar. 
Vamos nos transformar mais uma vez, com a entrada de uma nova estação. Saudemos o Sol e deixemos o hábito de recair em erros para superarmos nossos karmas. 
Namaste🙏






*Publicado em 1° de setembro de 2019, na página do facebook: Índia - o caminho místico.

Diwali

O Diwali envolve muitas histórias do Hinduísmo, principalmente relacionados a Vishnu e Lakshmi, sua esposa. Tal como Brahma, responsável pela criação do universo material, e Shiva, responsável pela destruição da criação material, Vishnu, responsável pela manutenção, faz parte da Trimúrti, a trindade do hinduísmo. Cada uma dessas divindades é acompanhado por sua esposa ( sua Shakti ), potência, a deusa associada a ele. Assim, a esposa de Brahma é Sarasvati, a deusa do conhecimento, enquanto Shiva é acompanhado por Parvati, a própria natureza material encarnada. Finalmente, a de Vishnu é Lakshmi, que personifica a riqueza.

Vishnu é muito popular também através de seus avatares, encarnações em diferentes formas, sendo os mais famosos Rama, o herói mítico do Ramayana, um dos grandes épicos hindus, Krishna, personagem central do maior épico da humanidade, o Mahabharata, e mais popular deidade da Índia, trazendo o amor divino personificado, além de outros como Narasimhadeva, o homem-leão, que veio proteger seu devoto Prahlada.







* Publicado aos 7 de novembro de 2018 na página do facebook: Índia - o caminho místico.

Afinal, quem foi Osho?

Muito se lê em frases sobre uma foto de um homem. Mas quem foi ele?

Rajneesh Chandra Mohan Jain (रजनीश चन्द्र मोहन जैन) nasceu em Kuchwada, Índia, aos 11 de Dezembro de 1931 e veio a óbito na cidade de  Pune, Índia, aos 19 de Janeiro de 1990. 
Foi líder religioso de uma seita de tradições dármicas, mestre na arte da meditação e do despertar da consciência. Apesar de sua formação e docência acadêmica em filosofia, além de ter sido campeão em debates, ele não se considerava um filósofo, mas sim um místico, pois seu principal propósito era o desenvolvimento da consciência, o autoconhecimento, através da meditação. 

Durante a década de 1970, foi conhecido pelo nome de Bhagwan Shree Rajneesh e, mais tarde, como Osho.

Foi  durante  toda  a  sua  vida  uma  figura extremamente polêmica, em boa parte, porque ele próprio raramente procurava apaziguar ou evitar conflitos. Nunca foi um moralista, enfatizando sempre a consciência individual e a responsabilidade de cada um por si mesmo. Não considerava o ato sexual como um tabu, tendo uma postura bastante liberal a esse respeito. Durante sua vida, foi perseguido em diversos países onde esteve, inclusive em sua terra natal. 

Para os seus discípulos, seus ensinamentos levam à realização da liberdade pessoal, através da percepção individual das amarras aprisionadoras das tradições e das autoridades estabelecidas. Embora Osho nunca tenha escrito nenhum livro, 650 títulos em 57 idiomas foram criados e têm sido publicados a partir de transcrições de seus discursos e palestras.

Os livros baseados em suas palavras até hoje fazem muito sucesso em muitos países, inclusive no Brasil, país que possui um ativo grupo de discípulos e de simpatizantes, espalhados em muitos dos grandes centros e em algumas comunidades mais afastadas. 

Alguns dos discípulos exercem algum tipo de atividade terapêutica alternativa e divulgam suas principais meditações, como a chamada Osho Meditação Dinâmica e a Osho Meditação Kundalini, que são marcas registradas, protegidas por direitos autorais. Alguns leigos dizem tratar-se de um exercício aeróbico que promove embriaguez por hiperventilação. Pessoas que já tiveram experiência pessoal nessas técnicas, no entanto, afirmam que a hiperventilação, a catarse consciente e os movimentos intensos e danças lúdicas presentes nas mesmas não causam nenhuma embriaguez, mas somente oxigênio em maior quantidade e liberação emocional consciente que traziam disposição física durante para cuidar das atividades da vida.

Segundo referem os seus admiradores, Osho não pretendia impor a sua visão pessoal nem estimular conflitos. Enfatizou, pelo contrário, a importância de se mergulhar no mais profundo silêncio, pois somente através da meditação se poderia atingir a verdade e o amor, guiada pela consciência individual, sem intermediários como sacerdotes, políticos, intelectuais ou ele mesmo. Transmitia, pois, uma mensagem otimista que apontava para um futuro onde a humanidade deixaria o plano da inconsciência e, por conseqüência, a destruição, o medo e o desamor, já que cada um seria o buda de si próprio, recordando aquilo que a consciência imediata esqueceu. Segundo esta visão, a humanidade parece-se a um conjunto de cegos guiados por outros cegos ( imagem que também faz parte do ideário cristão, com algumas diferenças ).

Os seus seguidores reconhecem-no como uma das figuras mais importantes da história da humanidade, sendo injustiçado pela humanidade ignorante. No seu trabalho, Osho falou praticamente sobre todos os aspectos do desenvolvimento da consciência humana. Seus discursos para discípulos e buscadores de todo o mundo foram publicados em mais de 650 títulos e traduzidos para mais de trinta línguas.

Todo o trabalho de Osho é de desconstrução e silêncio. Desconstrução de dogmas arcaicos e amarras psicológicas que aprisionam e limitam o ser humano. 

Segundo Osho, todo o planeta ( com raras exceções ) está doente. Mas é uma doença autoimposta. Liberdade, seria em sua visão, o fundamento de um homem auto-realizado e digno. O silêncio, por sua vez seria a comunhão da criatura com sua essência divina e pura, sendo reencontrado pela meditação, onde o homem experimenta seu verdadeiro ser.

De Sigmund Freud a Chuang Tzu, de George Gurdjieff a Buda, de Jesus Cristo a Rabindranath Tagore, Osho extraiu, de cada um, o que seria a essência do que acreditava ser significativo na busca espiritual do homem, baseando-se não apenas na compreensão intelectual, mas na sua própria experiência existencial.

Ao dizer, por exemplo, que "o orgasmo sexual oferece o primeiro vislumbre da meditação porque nele, a mente pára, o tempo pára", a mídia o apelidou de "guru do sexo". Quando se descobriu a causa da aids, Osho determinou que seus discípulos fizessem o teste de HIV. Pioneiro, recomendou usar camisinha e luvas de látex na hora do sexo, coisas ridicularizadas na época. Para A. Racily, que conviveu com Osho, o guru queria apenas que o sexo não fosse renegado. Ela diz que nunca houve orgias na comunidade e que esses boatos vinham de quem queria se aproveitar da liberdade sexual. 

Osho graduou-se em Filosofia na Universidade de Sagar, com as honras de primeiro lugar. Na época de estudante foi campeão nacional de debates na Índia. 

Em 1966, depois de nove anos limitado pela função de professor de filosofia na Universidade de Jabalpur, abandonou o cargo e passou a viajar por todo país, dando palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos em debates públicos, desconcertando as crenças tradicionais e chocando o status quo.

Em 1968, ainda com seu primeiro nome espiritual, Bhagwan Shree Rajneesh, estabeleceu-se em Bombaim, onde morou e ensinou por alguns anos. Organizou regularmente campos de meditação, onde introduziu a sua revolucionária Meditação Dinâmica. 

Em 1974, inaugurou o ashram de Poona, e sua influência já atinge o mundo inteiro. Ao mesmo tempo, sua saúde se fragilizava seriamente.

Osho se recolhia cada vez mais à privacidade de seus aposentos, aparecendo apenas duas vezes por dia em suas palestras matinais e, à noite, em sessões de aconselhamento e iniciação. 

Em maio de 1981, Osho parou de falar e iniciou uma fase de comunhão silenciosa de coração-a-coração, enquanto seu corpo, seriamente doente, com graves problemas de coluna, descansava. Tendo em vista a possibilidade de que fosse necessária uma cirurgia de emergência, Osho foi levado aos Estados Unidos. Seus discípulos americanos compraram um rancho no deserto do Oregon e convidaram-no a ir para lá, onde recuperou-se rapidamente.

Uma comuna logo estabeleceu-se ao seu redor, formando a cidade de Rajneeshpuram. Em outubro de 1984, Osho voltou a falar a pequenos grupos e, em julho de 1985, reiniciava seus discursos a milhares de buscadores, todas as manhãs. 

Em 1984 o culto entrou em conflito com os moradores locais e a comissão do condado. Ma Anand Sheela, uma das líderes da seita de Osho, tentou influenciar a eleição de novembro e ocupar as duas vagas abertas com seus seguidores através da busca de centenas de moradores de rua de cidades próximas para registrá-los como eleitores do condado. Mais tarde, quando esse esforço fracassou, Sheela conspirou, em 1984, para usar bactérias e outros métodos para deixar as pessoas doentes e impedí-las de votar. Como resultado, seguidores da seita infectaram as saladas de dez restaurantes locais com salmonela e cerca de 750 pessoas ficaram doentes.

Em 13 de setembro, 1985, Sheela deixou a comunidade e foi para a Europa. Alguns dias mais tarde, Rajneesh a "acusou de incêndio criminoso, escutas telefônicas, tentativa de homicídio e envenenamento em massa." Ele também afirmou que Sheela tinha escrito o Livro de Rajneeshism e o publicado em seu nome. Posteriormente vestes de Sheela e 5 mil exemplares do livro foram queimados em uma fogueira na comunidade.

Depois que as autoridades norte-americanas encontraram redes de escuta telefônica e um laboratório de bioterrorismo na casa de Sheela no Oregon, ela foi presa na Alemanha Ocidental, em outubro de 1986. Foi processada pelo crime de envenenamento, e  condenada a 20 anos em prisão federal e multada em 470 mil dólares. 

Rajneesh disse que ordenou a queima de livros para livrar a seita dos últimos vestígios da influência de Sheela, cujas vestes foram jogadas na fogueira. O ataque salmonela foi o primeiro caso de terrorismo químico ou biológico ocorrido nos Estados Unidos.

Em 23 de outubro de 1985, um júri federal indiciou Osho e vários outros discípulos de conspiração para fugir das leis de imigração.

Em 28 de outubro de 1985, Osho e um pequeno número de sannyasins a acompanhá-lo foram presos a bordo de um Learjet alugado em uma pista de pouso na Carolina do Norte; de acordo com autoridades federais, o grupo estava a caminho de Bermuda para evitar processos. Cerca de 58 mil dólares em dinheiro, além de 35 relógios e pulseiras de 1 milhão de dólares foram encontrados na aeronave.

Depois de inicialmente suplicar inocência de todas as acusações e ser libertado sob pagamento de fiança Osho, a conselho de seus advogados, entrou em um tipo de confissão por meio do qual um suspeito não admite a culpa diretamente, mas admite que há provas suficientes para condená-lo. A acusação era ter uma intenção oculta de ficar permanentemente nos Estados Unidos no momento de sua solicitação original de visto em 1981 e uma acusação de ter conspirado para que seus seguidores entrassem em casamentos fictícios para adquirir o green card. Sob o acordo de seus advogados fizeram com o Ministério da US foi-lhe dada uma pena suspensa de 10 anos, com liberdade condicional de cinco anos e uma multa de 400 mil dólares, além de concordar em deixar os Estados Unidos e não retornar por pelo menos cinco anos sem a permissão do Procurador-Geral dos Estados Unidos.

Deixando o país no mesmo dia, Osho voou para a Índia, onde permaneceu em repouso nos Himalaias. Uma semana mais tarde, a comuna do Oregon resolveu dispersar-se. Nessa época, Osho enfrentou dificuldades para poder fixar-se num lugar pois, onde quer que tentasse estabelecer-se, tinha sua permanência negada pelas autoridades, por o que seus seguidores acreditam ser uma clara influência do governo norte-americano. Ao todo, 21 países o expulsaram ou negaram o visto de entrada.

Os seus discípulos garantem que, depois de expulso dos Estados Unidos, Osho não conseguiu qualquer visto para permanência nos países que visitou após o incidente, devido a pressões norte-americanas. Alegam que nenhuma das acusações feitas tem consistência objetiva, sendo fruto apenas do temor e ódio das instituições representadas pelo governo norte-americano, segundo  referem os seus discípulos.

Representando sempre uma ameaça às tradições religiosas e políticas, foi impedido de entrar em vários países. Foi expulso da Grécia. Foi impedido preventivamente pelo parlamento Alemão de entrar nesse país mesmo sem nunca ter pedido visto de entrada e nem demonstrado interesse nisso. Somente conseguiu aterrisar seu avião na Inglaterra porque seu piloto alegou ter um doente a bordo.

Em julho de 1986, Osho voltou a Bombaim, na Índia, onde ficou hospedado por seis meses na casa de um amigo indiano. Na privacidade da casa de seu anfitrião, ele retornou aos seus discursos diários.

Em janeiro de 1987, mudou-se para o seu ashram em Poona, onde vivera a maior parte dos anos 1970. Imediatamente após sua chegada, o chefe de polícia de Poona ordenou-lhe que deixasse a cidade, sob a alegação de que era uma "pessoa controversa" que poderia "perturbar a tranquilidade da cidade". Tal ordem foi revogada no mesmo dia pela Suprema Corte de Bombaim.

Osho faleceu em 19 de janeiro de 1990. Algumas semanas antes dessa data, foi-lhe perguntado o que aconteceria com seu trabalho quando ele partisse. Ele disse: "Minha confiança na existência é absoluta. Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo, isso irá sobreviver... As pessoas que permanecerem interessadas em meu trabalho irão simplesmente carregar a tocha, mas sem impor nada a ninguém..."






* Publicado aos 19 de agosto de 2018, na página do facebook: Índia - o caminho místico.

Mais eficiente que Copérnico: Āryabhaṭa.

Āryabhaṭa ou Ariabata I ( 476 — 550 ) foi o primeiro dentre os grandes matemáticos-astrônomos da Idade Clássica na India. Seu trabalho inclui o Ariabatiia ( escrito em 499  quando ele tinha 23 anos ) e o Aria-Sidanta.

Em seu livro, "Ariabatiia", teorias matemáticas e astronómicas apresentavam a Terra girando em seu eixo e os períodos dos planetas eram dados com relação ao sol ( em outras palavras, era heliocêntrico ). Ele acreditava que a Lua e os planetas brilham devido à luz solar refletida e ele cria que as órbitas dos planetas seriam elípticas. O livro explica as causas das eclipses do Sol e da Lua corretamente. Seu valor para a duração do ano em 365 dias, 6 horas, 12 minutos e 30 segundos é notavelmente próximo ao valor verdadeiro que é aproximadamente 365 dias e 6 horas. Este livro está dividido em quatro capítulos: ( I ) as constantes astronómicas e a tabela do seno, ( II ) matemática utilizada na computação, ( III ) divisão de tempo e regras para calcular as longitudes de planetas usando excêntricos e epiciclos, e ( IV ) a esfera armilar, regras relacionadas a problemas de trigonometria e a computação de eclipses. Neste livro, o dia foi considerado de um amanhecer ao próximo, ao passo que em seu "Ariabata-Sidanta" tomou-se o dia de uma meia-noite a outra. Há também diferença em alguns parâmetros astronómicos.

Foi o primeiro a explicar como acontecem os eclipses lunar e solar.

Ariabata também deu uma indicação muito próxima para Pi. No Ariabatiia registrou: "Some quatro a cem, multiplique por oito e então adicione sessenta e dois mil. O resultado é aproximadamente a circunferência de um círculo de diâmetro vinte mil. Por esta regra a relação da circunferência para o diâmetro é dada." Em outras palavras, π ≈ 62832/20000 = 3,1416, correto para as quatro casas decimais.

Ariabata foi o primeiro astrônomo a tentar medir a circunferência da Terra desde Eratóstenes (  200 a.C. ), calculando a circunferência do planeta em 24.835 milhas, apenas 0,2% menor que o valor real de 24.902 milhas. Este valor permaneceu como o mais preciso durante mais de mil anos.

Ele também propôs a teoria heliocêntrica da gravitação, antecedendo portanto a Nicolau Copérnico em quase mil anos.

O século VIII tradução árabe de Magnum Opus do Ariabata, o Ariabatiia foi traduzido para o latim no século XIII, antes do tempo de Copérnico. Por esta tradução, matemáticos europeus puderam saber os métodos para calcular as áreas de triângulos, volumes de esferas bem como a raiz quadrada e cúbica, enquanto é também provável que o trabalho de Ariabata teve influência na astronomia européia.

Os métodos de Ariabata de cálculos astronómicos estiveram em uso contínuo para prática de criação do Pancanga ( o calendário Hindu ). 



* Publicado aos 4 de julho de 2018 na página do facebook: Índia - o caminho místico.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Metempsicose hindu

A metempsicose hindu fundamenta-se em dois conceitos principais: Samsara ( a realidade é considerada como um evoluir fenomênico ) e Karma ( conexão entre os atos no mundo fenomênico ). O mundo fenomênico é entendido como ilusório e a origem de todo o sofrimento humano.
A libertação deste ciclo de sofrimento é concebida  como  uma  absorção   no  absoluto ( Brahman ou Parabrahman ), chamada nirvana. 
Assim, o brâman é considerado a origem e o fim de tudo.


terça-feira, 5 de maio de 2020

Iyengar yoga

O trabalho das posturas na yoga, principalmente na iyengar yoga, é feito de forma mantida. 

Dessa forma, mantém-se a postura por alguns segundos, procurando um alinhamento postural com maior perfeição e harmonia possível.

Um dos pilares da yoga é a atenção à respiração. Ela é fundamental para equilibrar as emoções, oxigenar o corpo e acalmar a mente. Quando estamos mais calmos e tranquilos, o corpo consegue relaxar e descansar.

Existem algumas posturas fáceis que são feitas de pé ou com os joelhos flexionados ( a posição 1 do guerreiro ), porém sempre com os braços estendidos e as palmas das mãos unidas. Esse movimento é gradual, lento sem forçar e deve ser feito com habitualidade para melhora da postura, mesmo para aqueles não praticantes habituais da yoga.





Estender os braços é de total importância, inclusive para as funções orgânicas, conforme se vê no vídeo a seguir.


Os Templos

A arquitetura do templo hindu tem como  característica essencial: 

um santuário interno, o garbha griha ou câmara-útero, onde a Murti primária ou a imagem de uma divindade está abrigada. 
uma simples cela nua. 
Em torno desta câmara existem muitas outras estruturas e edifícios, nos maiores casos abrangendo vários acres. 
No exterior, o garbhagriha é coroado por um shikhara em forma de torre, também chamado de vimana no sul. 
O edifício do santuário inclui frequentemente um ambulatório para parikrama ( circumambulação ), um salão de congregação de mandapa e, às vezes, uma antecâmara de antarala e um pórtico entre garbhagriha e mandapa. 
Pode haver mandapas ou outros edifícios, conectados ou separados, em grandes templos, junto com outros pequenos templos no complexo.

A arquitetura do templo hindu reflete uma síntese das artes, os ideais do dharma, as crenças, os valores e o modo de vida valorizado pelo hinduísmo. 

O templo  é  um  lugar  para  a  Tirtha  ou seja,
 peregrinação. 

Todos os elementos cósmicos que criam e celebram a vida no panteão hindu, estão presentes num templo hindu – do fogo à água, das imagens da natureza às divindades, do feminino ao masculino, do kama ao artha, dos sons fugazes e do incenso cheira a Purusha – o eterno nada, mas a universalidade – faz parte da arquitetura de um templo hindu. 

A forma e os significados dos elementos arquitetônicos em um templo hindu são projetados para funcionar como o lugar onde é o elo entre o homem e o divino, para ajudar seu progresso para o conhecimento espiritual e a verdade, sua libertação chama moksha.

Os princípios arquitetônicos dos templos hindus na Índia são descritos em Shilpa Shastras e Vastu Sastras. A cultura hindu estimulou a independência estética de seus construtores de templos, e seus arquitetos por vezes exerceram considerável flexibilidade na expressão criativa, adotando outras geometrias perfeitas e princípios matemáticos na construção de Mandir para expressar o modo de vida hindu.

Textos sagrados:

As coleções das escrituras, os ramos e suas partes especiais, os santuários, definem em detalhes a exatidão de quase todos os aspectos da vida religiosa hindu. As descrições abrangem a construção do templo, a formação e adoração de ídolos e deuses, a apresentação de várias doutrinas filosóficas, exercícios de meditação.

As mensagens de correio contêm principalmente os textos hindus de artes manuais, incluindo os padrões da iconografia religiosa hindu, incluindo as proporções de figuras esculpidas e as regras da arquitetura hindu. 
Sessenta dessas obras de arte ou artesanato, incluindo “arte externa ou prática”, como carpintaria, arquitetura e joalheria, estão incluídas, mas há também a oficina da escola de tricô, atuação, dança, música, medicina e até poesia. Estende-se às chamadas “artes secretas”, que incluem as modalidades das artes eróticas e da vida sexual.

Enquanto os silpa-arbustos lidam especialmente com esculturas, estátuas, ícones e pinturas nas paredes, o Vásztu-shastra é principalmente um sistema de regras para a construção de edifícios, igrejas, castelos e habitações. O Vásztu-sásztra faz parte da “Ciência da Construção”, um dos Vedas, o Protetor de Sthapatja, descrevendo as modalidades de construção.

Detalhe importante - A sombra: 

Para um praticante, os fundos do templo e locais de sobra onde a edificação vede a passagem da luz solar, tanto no pátio externo quanto nos muros externos da edificação devem ser evitados pois neles se abrigam deuses incluídos e espíritos desencarnados que não encontraram meios de uma nova encarnação. Nesta filosofia, a proximidade destes entes rompe o equilíbrio dos chakras e fesfaz todo o progresso obtido pela sintonia com a deidade do panteão ou do templo no qual se peregrinou.